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Sonhos Urbanos

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Diz respeito a Gaia...

por Jorge, em 11.12.03
"Os antigos sabiam qualquer coisa que nós parecemos ter esquecido"
Albert Einstein

Gostava de conhecer a experiência de ver uma aurora boreal, ou um eclipse total do Sol, deve ser daqueles momentos em que nos lembramos como há tanta beleza no Universo. Há três anos assisti a uma chuva de estrelas fantástica que me inspirou a escrever. Contactar com a Natureza purifica-me os pensamentos.
Mas não são apenas as belezas exteriores ao planeta Terra que nos lembram da beleza. Basta pensar na presença do Mar, ou como é passear por uma velha floresta esverdeada, para também sabemos que estamos perante algo majestoso. O que faz falta no labirinto urbano em que vivo, são espaços naturais belos, locais onde possamos sentir uma ligação verdadeira com a natureza. Já estou farto de ver betão para onde quer que olhe.
Correr, rebolar, cantarolar e saltar é óptimo em espaços naturais, onde podemos passear com pássaros, conversar com as árvores. Ou preferem passar o tempo a respirar o ar condicionado de um centro comercial, onde somos comprimidos por pessoas que estão sempre com pressa de chegar a algum sítio? Se sim, a escolha é vossa. Isso também não significa que os vossos gostos sejam piores, apenas diferentes. Desde que não sejam a favor da poluição, ou que não estejam a contribuir para ela, porque aí já estamos em lados diferentes.
Se pensarmos em conjunto sobre o estado actual do planeta, conseguimos facilmente chegar a um acordo: os seres humanos estão a saqueá-lo com toda a brutalidade que conseguem. E de tal forma estamos habituados a certos comportamentos ou costumes que participamos neste saque sem grande consciência.
Um amigo meu disse-me que alterar os hábitos materialistas implicava profundas alterações económicas, logo estava a falar de utopias. Na altura respondi-lhe, e agora faço-o aqui para os tantos que respondem como ele. Por acaso o modelo económico resolveu os problemas do mundo? E de que adianta continuarmos com o estandarte do modelo económico se daqui a uns anos o planeta está esgotado? De que adianta continuarmos a consumir exageradamente, para deixarmos tudo devastado aos nossos filhos e netos? E agora respondam-me sinceramente, quem lucra com este desgaste planetário? Quando dizem que é a espécie humana, rio-me de tristeza. São apenas uns quantos que lucram com a desgraça do ambiente, das espécies… e não se esqueçam que a nossa espécie também faz parte da lista… quando não restar nada, também não restarão humanos… nem nenhuma economia.
Será que a humanidade vai tomar consciência do que está a fazer? Então que seja para breve…
texto: Jorge Amorim

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