Hoje é um bom dia para colocar em pause.
por Jorge, em 30.11.03
Mas hoje, dos segredos do rio ele só via apenas um, um segredo que enchia a sua alma: aquela água corria continuamente, corria sempre mas estava sempre ali, para todo o sempre a mesma e, no entanto, a cada momento nova! Ah, quem isto compreendesse!Hermann Hesse, em Siddhartha
Fui dar uma passeata matinal à chuva pela zona do Chiado, acompanhado por duas amigas. Ao Domingo de manhã há zonas de Lisboa que estão claramente a dormir mas o Chiado, apesar de menos frequentado, não é uma delas. Muitas pessoas a fazerem compras, enormes filas para embrulhar prendas e muitos guarda-chuvas abertos. Nota-se que estamos perto do Natal, há muitas luzinhas a piscarem na paisagem urbana e muitos miúdos alienados :).
Durante a semana acho Lisboa insuportável, canso-me das pessoas, dos transportes, das poças de água. E durante o fim-de-semana adoro passear por essas ruelas, falar com pessoas nos transportes, ver o Tejo acho que isto transmite a ideia do que sinto. Agora cheguei a casa, almocei e sentei-me para pressionar o meu teclado de forma organizada e pensada, assim esbocei este post. De tarde vou concentra-me nos meus estudos (logo após um jogo rápido de Warcraft 3), e vou rabiscar algo em papel para mais tarde colocar aqui. Basicamente, hoje é um dia calmo onde poderei descansar e fazer actividades que gosto já que no feriado vou ter que fazer uma pesquisa bibliográfica mais extensa.
O livro que aconselho para um dia como este é Siddhartha do autor Hermann Hesse. É um livro muito bonito com raízes espirituais, que o próprio autor definiu como poema indiano, em que a personagem principal procura um sentido maior para a vida e se aproxima mais da Iluminação. Uma das características que melhor me lembro da história é do percurso e não do fim, o que tem muito sentido numa busca interior.
Reparei num pormenor no 1º post, esqueci-me de me apresentar correctamente aqui vai: Olá a todos, chamo-me Jorge! Obrigado por lerem este blog.