Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Sonhos Urbanos

Powered by Cognitive Science

O Homem Invisível

por Jorge, em 27.10.04

Deixei de ser visível aos olhos da humanidade, passo entre todos como um fantasma, observo, escuto e penso… sem interagir. É como estar de novo no secundário, só que as pessoas são mais interessantes e a banda sonora de melhor qualidade.


Sem conseguir ler os pensamentos das pessoas, fico-me pela visão das lágrimas que escorrem pelas suas faces e pelo som de palavras de tristeza sussurradas.


Acompanho o caminhar de milhares de pessoas, que nesta cidade se movem, sem me verem estou ao seu lado nas suas vitórias e sofro com elas quando são derrotadas.


Ao fim do dia, quando o Sol nos deixa e as ruas se esvaziam, fico apenas a contemplar as luzes que brilham do interior das muitas casas. Em algumas incendeiam-se paixões, noutras enlouquecem-se os seus habitante, noutras há silêncio (silêncio de movimentos, de vida e até mesmo de existência).


Uma por uma todas as luzes se apagam, e fico a velar por quem dorme e por quem trabalha nessas horas escuras. Sou tão invisível de manhã como à noite, mas gosto de ver o nascer do Sol, cada contorno do que existe ganha novo aspecto (até mesmo os meus contornos invisíveis).


Talvez um dia destes fique visível, te possa dizer olá e nessa altura também vou receber um olá teu, até lá vou acompanhando o caminhar de milhares de pessoas que não sabem que existo.


Texto: Jorge Amorim

Brilha minha armadura, brilha…

por Jorge, em 26.10.04

Para tua própria protecção ergueste as maiores barreiras que a tua imaginação conseguiu.


Deixaste de te aproximar dos outros, de contar os minutos para ver esta ou aquela pessoa, de pedir ajuda quando precisas, de chorares em frente aos outros.


O teu sorriso passou a ser de indiferença e de gozo.


Verdade seja dita, sofres menos. Nada te pode atingir, és uma espécie de deus isolado. Muito bem, mas o que ganhaste com isso?


Talvez tenha sido tudo em vão e talvez não exista nenhuma ameaça. Já pensaste nisso?


Texto: Jorge Amorim

Com uma caneta escrevo os contornos dos meus sonhos

por Jorge, em 25.10.04

Em momento incerto surgiu-me uma ideia e, tal como uma missão a cumprir, teve de ser trazida para esta realidade.


 Com uma caneta coloquei por escrito todos os sonhos que tenho por realizar, não me poupei quanto aos pormenores que imaginei.


Sonhar alto é uma necessidade do meu organismo, igual ou maior à de respirar.  


handwrite.jpg


 À Lista de Sonhos adicionei uma promessa: Não desistir de os realizar, mesmo que alguns pareçam difíceis de realizar (nada de impossíveis, apenas aparentemente pouco prováveis).


Depois disto senti algo diferente em mim... uma segurança e um optimismo que me fazem querer arriscar a todos os instantes e sorrir perante os desafios que me esperam.


Texto: Jorge Amorim

Dia da Raposa (2 de 3)

por Jorge, em 14.10.04

Antes de leres este texto, lê a primeira parte no Crónicas do Jojo.


Hoje é um dia muito especial para a minha Raposa, sinto-me tão vivo por estar ao teu lado (tão perto, que consigo cheirar o teu cabelo). O meu objectivo neste post é fazer-te sorrir e, claro, mostrar que afinal os blogs são locais adequados para dizermos a outra pessoa que gostamos dela mais do que qualquer coisa no Universo.


Ainda estou para saber qual foi o feitiço que fizeste, miúda… deve ter sido muito poderoso. Desde já agradeço esse feitiço.


Que fique registado no Sonhos Urbanos que te amo muito, e que o nosso Amor tem sido um autêntico sonho.


Conclui no Partir o Gelo


Texto: Jorge Amorim

O dia em que o Super-Homem morreu…

por Jorge, em 11.10.04

"But most will remember this sad day as the day the proudest, most noble man they ever knew finally fell. For those who loved him -- one who would call him husband, one who would be his pal, or those who would call him son -- this is the darkest day they could ever imagine. They raised him to be a hero: to know the value of sacrifice, to know the value of life. And for those who served with Superman in the protection of all life comes the shock of a failure: the weight of being too late to help. For a city to live, a man had given his all and more. But it's too late. For this is the day that a Superman died."


Superman #75, Dan Jurgens.


 


Christopher Reeve.jpg


 


Morreu o actor Christopher Reeve, aos 52 anos, aquele que muitos de nós conhecemos na nossa infância como Super-Homem.


Apesar de nunca ter sido das minhas personagens favoritas, lembro-me de em miúdo vibrar com os filmes e para mim o Super-Homem e Christopher Reeve eram a mesma pessoa.


Lembro-me de pensar que aquela capa vermelha devia ficar-me muito bem e como as pessoas iam admirar-me por voar, mais tarde percebi que era uma tolice de miúdo… já que o meu futuro estaria mais ligado a teias (ah pois).


Fica aqui a homenagem ao actor que para mim continuará a ser a face do Homem de Aço.


Texto: Jorge Amorim

Terras De Gelo

por Jorge, em 07.10.04

O rapaz dos sonhos viajou para as terras geladas, desta vez não foi sozinho, foi com aquele que em tempos usou o mítico gesso (posteriormente partido on-line).


Juntos caminharam lado-a-lado, e contactaram com o misterioso gelo que parecia querer cobrir todas as terras num estado de ausência de calor. Viram o seu poder, como tudo em que tocava ficava frio e morto.


Relações humanas, sonhos, interesses, capacidades, emoções… tudo parecia estar a ficar gelado… então num esforço para impedir este congelamento em massa, os dois rapazes uniram esforços para partir o gelo.


ice.gif


 É só seguirem o link para verem o que esta união de esforços tem trazido até aos seus leitores…

Um labirinto para percorrer

por Jorge, em 03.10.04

Hoje acordei e apeteceu-me escrever, para ser mais exacto apeteceu-me revisitar um tema central na minha vida. Aos meus olhos, o maior mistério de sempre vive em frente ao meu espelho quando olho para ele. No espelho apenas vejo um reflexo de um ser que me persegue ao longo dos tempos. O mistério a que me refiro não vive no espelho, o espelho apenas o devolve aos meus olhos. Ao reflexo falta a textura de uma vida.


labirintos.jpg


Aquilo que promove o que existe. Quem é que se esconde por detrás deste sorriso? A pergunta de base continua a ser: Quem sou eu?


Sou invadido por uma transbordante curiosidade ao caminhar pelos labirintos da minha mente, continuo a apostar no desenvolvimento do auto-conhecimento (e a sakientar que há benefícos no desenvolver deste conhecimento).


Notável como me consigo surpreender comigo.


Há uns anos era defensor que ao longo de uma vida humana só nos conseguimos conhecer a nós mesmos, hoje proponho uma rectificação, se não nos dedicarmos à busca desse conhecimento corremos o risco de não chegarmos a conhecer ninguém e a não beneficiarmos de uma vida com significado.


Chamo a atenção que isto é um trabalho para uma vida inteira, dificilmente uma pessoa sensata sentar-se-ia numa cadeira e diria: já desvendei completamente o meu ser. Podemos levantar o problema: será que é possível definir com exactidão os conteúdos do nosso ser?


De facto a minha busca individual procura pontos de referência interiores, não algo exacto que possa ser descrito ou apresentado. Pretendo estar fortemente ligado ao meu mundo interior e fortalecer a consciência sobre quem sou e como estou a demonstrar a minha identidade através das minhas acções no mundo exterior.


Tenho a crença que se melhorar o relacionamento comigo mesmo, também melhoro a forma de me relacionar com os outros.


Por agora deixo-vos, um bom Domingo. Abraço grande.


Jorge Amorim