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Sonhos Urbanos

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Aqui e Agora

por Jorge, em 25.12.03
“Dá-te eternamente a isto, a cada momento que passa. Em cada momento esta a vida que sempre ou nunca viverás...” Ditado Alquimista

Hoje acordei fascinado com os pormenores que me rodeiam, não foi por ser Natal foi antes porque acordei com um sorriso. Aliás o primeiro sorriso que fiz hoje foi porque acordei mais tarde do que queria, em vez de ficar irritado sorri. Depois, quando estava a tomar banho a água arrefeceu bruscamente, e em vez de resmungar também sorri. Pensei “Jorge, estás doido!”, e então é que fiquei feliz da vida… porque se ser doido é isto, então para quê ser “normal”.
Fui almoçar a casa dos meus avós (com a minha família, aproveito para elogiar o almoço… Muito bom), fui a pé e apreciei o frio matinal com grande satisfação. Ouvi atentamente todos os segredos que os pássaros me quiseram contar, e recebi com grande satisfação o suave murmurar da cidade.
Lembrei-me da sensação de querer viver grandes aventuras, enfrentar os maiores vilões de sempre, correr pelo mundo… no fundo o que continuo a querer. Ter 22 anos é uma seca, já que a maioria das pessoas desta idade são demasiado sérias e sem imaginação… pior, a maioria das pessoas quer que tu funciones de uma forma muito específica (tem que ser algo adulto, ou seja, quase tudo chato).
Eu continuo a ler ficção e banda desenhada (mas também não fico por aqui), vejo desenhos animados, gosto muito (mas mesmo muito) de sorrir, sou cientista e acredito em magia, interesso-me pela busca do Graal… e sinto-me bem deslocado do contexto social em que vivo. Sei perfeitamente que se encontrasse, aqui e agora, o miúdo que um dia eu fui, ele ficaria orgulhoso do “adulto” em que me tornei. Continuo a viver a histórias fantásticas e tentar cumprir as jornadas que parecem impossíveis… também estou contente com QUEM SOU, pelo menos aqui e agora.

Texto: Jorge Amorim

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