Posts em atraso II
22-11-08
08h40
Acordei mais cedo do que tem sido habitual, hoje tenho um novo arquipélago para descobrir, a Madeira. Conto em encontrar uma terra virada para o turismo misturada com alguma mentalidade rural. Até hoje nunca tive uma vontade especial de conhecer a Madeira, a ideia do arquipélago dos Açores sempre foi mais desejável. Não deu para conhecer quase nada de S. Miguel, por isso agendei regressar cá no futuro próximo, devidamente acompanhado.
Com tanta entrada e saída de hotel, acabei por agravar aquela sensação de “estou a esquecer-me de qualquer coisa”.
Estou a escrever na sala de espera de um aeroporto, outra vez! Para um gajo que está habituado a andar de metro ou de comboio, é uma sensação um bocado estranha. Confesso que me estou a adaptar bem e começo a ponderar em alterar o meu estilo de vida (estou a sentir a necessidade de voar de vez em quando, não sei se já disse mas adoro voar). Nem era mau viajar mais vezes em trabalho, conhecem-se pessoas diferentes, trocam-se ideias e ficamos com novas histórias para escrever.
O Nanowrimo não correu bem, Novembro foi um mês de muito trabalho (vejam lá que nem joguei muito Wow desde que saiu a expansão), foi o mês em que escrevi mais, fiquei-me por pouco mais de 19000 palavras e umas quantas ideias soltas. O tema da minha história é um terrível veneno que afecta a alma das pessoas, a imaginação. E mais não conto, pois obviamente vou voltar a ela. Este exercício de escrita serviu-me para sentir que tenho disciplina para escrever e consigo sacar boas ideias da manga quando preciso. Também serviu para definir bem as minhas prioridades e trabalho e vida pessoal foram os seleccionados, mês produtivo.
Não é que tenha definido um novo projecto de vida, na verdade até me falta um que seja realista e que realmente preencha as minhas necessidades existenciais. Tomei consciência de alguns problemas óbvios nos meus dias, agora estou a resolvê-los.
Oito horas diárias passadas no trabalho, tenho de lhes dar maior significado e desenvolver melhores práticas para sentir alguma realização profissional. Desenvolver uma visão de pássaro, deixar-me de desculpas e voltar a desenvolver projectos.
Na minha vida pessoal tenho de ter mais tempo livre para estar parado. Exacto, todos os dias tenho de ter uma hora para não fazer rigorosamente nada. Comigo não serve a imagem do homem produtivo que faz 2000 coisas ao mesmo tempo, prefiro ser um homem activo e meditativo, ter tempo para mergulhar na complexidade dos dias e retirar notas simples para seguir em frente.