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Sonhos Urbanos

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O último dia de Janeiro

por Jorge, em 31.01.05
(num quarto cujo chão não se vê, devido a questões de logistica e a muitas pilhas de fotocópias, um rapaz de cabelos escuros escreve)

Janeiro acabou muito depressa, não sei onde reclamar. Parece que ontem estava a abrir as prendas e num flash aqui estou. Assim não dá, ou chegamos a um acordo que os dias têm que ter mesmo 24 horas, ou mudo de planeta.

(o rapaz faz ar de mau e volta para o seu estudo)

SER OU NÃO SER... ?

por Jorge, em 30.01.05

Será que os esquilos de Monsanto vivem bem? Será que se reconhecem como esquilos que vencem na vida? Ou será que as suas são vividas sem mergulhar na Grande Aventura?


 


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Neste Sábado tive a oportunidade de saber que em Lisboa os predadores naturais dos esquilos são os automóveis, curiosamente também são os meus predadores. Eu já calculava que tinha parentesco com os esquilos (pelos dentes), agora ainda os sinto mais próximos. Que prende lhes vou dar no Natal? :)


Foto: Formiguinha Atómica (por acaso ainda não lhe pedi autorização, mas ela é simpática) :)


Texto: Jorge

Exemplo de uma escolha, numa manhã de Domingo

por Jorge, em 30.01.05

Dediquei muitas horas a procurar o sentido da existência humana para explicar a minha existência, por falta de uma resposta/explicação sólida sobre o mesmo optei por me concentrar em dar significado ao que faço.


Texto: Jorge

O DUENDE

por Jorge, em 20.01.05

Eis que surge neste blog uma homenagem a um super-vilão, o arqui-inimigo do Homem-Aranha… Senhoras e Senhores, com vocês, o DUENDE VERDE.


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Em essência, este vilão é o responsável pelas maiores atrocidades na vida do meu super-herói preferido. Como todo o grande vilão que se preze tem uma inteligência muito superior à média, uma mente criminosa do mais pérfido que existe e força sobre-humana.


Quando retira à máscara é um homem de negócios de sucesso, bem visto socialmente, muitas vezes considerado uma pessoa compreensiva e solidária.


Porque é que ele é tão perigoso? Bem, sabe que o Peter é o Homem-Aranha e gosta de brincar com isso. Já matou a primeira namorada do herói, esteve por trás da saga dos clones, matou o Ben Reilly, conduziu o próprio filho à loucura, destruiu uma série de vidas e agora é pai de umas personagens bem polémicas (não vou estragar a surpresa aos leitores).


Porque gosto dele? Aos 8 anos li uma história com ele que me deixou cheio de medo, a partir daí a paixão cresceu.


O que acho estranho?? Ainda não percebi como é que depois de ter feito tantas coisas o Homem-Aranha não lhe deu uma lição “mais permanente”. :)


Escrevi este post porque além de gostar de banda desenhada, acho que um herói é também reconhecido pelos seus vilões. :)

Encarar os desafios :)

por Jorge, em 20.01.05

Não é raro acreditar que sou um espertalhão que resolvo qualquer desafio que me aparece na vida. Nem sempre sou prudente e tenho momentos de excessiva confiança nas minhas capacidades.


O melhor de tudo é no momento em que as coisas não correm bem, e me espatifo no chão, levanto-me de cabeça erguida pronto para o desafio seguinte.


 


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São os desafios que nos transportam para além dos limites do nosso conforto, e é quando estamos neste tipo de situação que percebemos quem somos, o que podemos fazer, que lições da vida trazemos connosco.


São os desafios que nos permitem ir mais longe do que alguma vez fomos, e quando o desafio passa, independentemente do resultado, trazemos algo novo para os nossos dias.


Viver uma vida com significado no meio de um grupo social demasiado acomodado tem sido o meu grande desafio. E até aqui tenho conseguido aguentar-me muito bem. Vamos ver que espera por mim, no Futuro!


Texto: Jorge

LUZ E ESCURIDÃO

por Jorge, em 19.01.05

Não podem viver juntas, apenas se tocam na penumbra. Quanto mais uma cresce mais a outra diminui, existir uma sem a outra é impensável.


Nos dias em que sou Luz não suporto a escuridão, nos dias em que sou Escuridão não suporto a luz.


Hoje parece que consigo ser Penumbra, um equilíbrio, umas tréguas. Por isso me sinto mais disponível, mais presente e mais criativo.


texto: Jorge

QUE ESCOLHES?

por Jorge, em 19.01.05

“I can teach you wonders if you give me your soul Marvels and wild dreams can be yours I can teach you how iron turn to gold And how life can grow so old” Moonspell, Mephisto


 


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Sussurraram-me de forma sedutora que tudo tinha um preço, podia ser alto ou baixo mas havia sempre um preço. Tinha então 16 anos. Por reacção devolvi uma questão: Então e as pessoas, também têm preço?


A resposta foi um sorriso de gozo, adornado com um: “Quanto mais viveres mais vais ter consciência da resposta à tua pergunta”.


Pensei muito no tema. Parecia um absurdo se essa fosse a realidade, pessoas etiquetadas com um preço, a comportarem-se de acordo com o pagamento (seja de que natureza for), a apagarem sonhos por valores numéricos. Mas os meus pais sempre me tinham dito que não era assim, de alguma forma o meu desenvolvimento sempre foi no sentido de acreditar no melhor das pessoas (mesmo sabendo, que nem sempre agem assim, vale a pena acreditar na melhor possibilidade, porque ela também ocorre).


Onde ficaria a integridade e a dignidade de cada pessoa, se a afirmação inicial fosse verdadeira? Como poderíamos acreditar em nós como pessoas, se achássemos que todos nós abdicamos do que é mais importante por algo sem valor real?


É muito comum encontrar-me com visões pessimistas da humanidade, segundo as quais somos corruptos por natureza (uma ideia reforçada por algumas religiões). Por opção, escolho uma visão mais optimista (e com tanto valor como as pessimistas, parece é estar na moda dizer que ser pessimista é mais realista), temos tendência para nos realizarmos, somos um processo em desenvolvimento e interagimos com diversos factores (ambientais, vivências, emoções e outros) e daí surge o nosso comportamento. Bom ou mau depende apenas de quem julga.


Pessoalmente considero que temos tendência para acções positivas, e cada qual age como consegue dentro do processo de desenvolvimento (ou porque não, processo de humanização). Aquilo em que acreditamos influencia a análise que fazemos do mundo exterior e condiciona o nosso agir. O optar por esta “visão”, contribuiu e muito para o que faço actualmente e, retomando o início deste post, não acredito que tudo tenha o seu preço.


texto: Jorge

HÁ UM NOVO TREPADOR DE PAREDES NA CIDADE

por Jorge, em 18.01.05

“Spider-man, Spider-man Does whatever a spider can Spins a web, any size Catches thieves, just like flies Look out! Here comes the Spider-man!”


Todos sabem a minha história, mas vale a pena recordá-la para enquadrar o presente post. Aos seis anos a minha mente foi influenciada por um comic radioactivo e passei a ser o vosso amigo da vizinhança, o Espectacular Homem-Aranha. Salvei o Mundo diversas vezes, por isso devem lembrar-se de mim.


“Is he strong? Listen, Bud! He's got radioactive blood. Can he swing from a thread? Take a look overhead. Hey there, there goes the Spider-man!”


Novas lendas são escritas de formas misteriosas, com o evoluir da nossa civilização e com o aumentar da complexidade dos problemas de toda a humanidade, o Mundo inteiro espera pelo surgimento da nova geração de heróis.


“In the chill of night, At the scene of the crime Like a streak of light He arrives just in time”


Apresento-vos o João, este sorridente rapaz de 7 anos de idade negociou com o Pai Natal e tornou-se o mais novo super-herói de Portugal. Sobe paredes, lança teias, agilidade sobre-humana e faz tudo o que uma aranha faz.


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Sei que muitos de vocês se habituaram a reconhecer-me como o único trepador de paredes desta cidade, mas acho que está na altura de dar o lugar aos mais novos.


“Spider-man, Spider-man Friendly neighborhood Spider-man Wealth and fame, he's ignored”


Nos anos que se seguem será este jovem a enfrentar terríveis vilões como o Duende Verde, Dr. Octopus, Spot, Electro e Venom.


"Action is his reward To him, life is a great big bang-up Wherever there's a hang-up You'll find the Spider-man!"


 A única coisa que vos peço é: Não revelem a sua identidade secreta a pessoas ligadas ao submundo do crime!!!!!


Texto: Jorge

REGRESSO A CASA

por Jorge, em 18.01.05

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(a porta abriu com um chiar intenso, um daqueles sons que detesto)


Percorri meio Universo antes de perceber porque chamava “casa” àquele lugar.


Aquele modesto cantinho onde brinquei em pequeno, curiosamente o mesmo local onde li a minha primeira banda desenhada e onde dei o meu primeiro beijo.


Ali estava eu de volta, à espera de retomar uma vida que sabia que esperava por mim dentro daquelas quatro paredes.


Voltei porque ouvi alguém dizer, “Mais tarde ou mais cedo temos que escolher um caminho para percorrer, convém que seja o caminho certo”. A ideia do “caminho certo”, fez-me estremecer. O que fazia eu a anos-luz da vida que tanto gostava? Então, ganhei coragem e voltei.


(quando entrei respirei aquele ar, cujo cheiro tem tantas recordações, e senti-me como um bebé no seu primeiro dia de vida)


Texto: Jorge

Amontoados de Pessoas

por Jorge, em 14.01.05

“Sempre me senti isolado nessas reuniões sociais: o excesso de gente impede de ver as pessoas…”


Mário Quintana


Gosto de interagir com pessoas, detesto interagir com números elevados de pessoas em simultâneo. Jantares de turma, saídas em massa ou reuniões com 30 (ou mais) pessoas, cansam-me.


Ambientes mais calmos e íntimos são muito mais interessantes. Comunicar para mim é fundamental, no meio de muita gente a comunicação reduz-se, logo sai do meu campo de interesses pessoais e torna-se em algo que não gosto.


Desde a minha adolescência que me interesso mais em aprofundar relacionamentos do que conhecer superficialmente uma multidão. Por vezes lá levo o rótulo de “Bicho-do-mato”, título que considero desadequado. Basicamente não sou o tipo mais indicado para uma "reunião social exagerada", e opto por não participar quando as condições não me agradam.


Pegando no exemplo das saídas à noite, ainda me pergunto qual é a piada de ir com um amontoado de pessoas a um local onde o ruído ensurdecedor reduz a capacidade de comunicação? Chamo a isto “uma forma estranha de nos isolarmos das pessoas”, porque nos movemos com uma multidão se não queremos comunicar eficazmente? Como não vejo benefício, opto por não me mover numa multidão.


 


Jorge

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