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Sonhos Urbanos

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“All'alba vincerò!”

por Jorge, em 30.07.05
Aos primeiros raios de sol escrevi…

Apenas um entre muitos, difícil de ser notado. Por vezes parece que os meus contornos não têm uma nitidez aos olhos de quem olha e passo invisível pela vida de muitos.

Tenho uma espada e não sei lutar com ela; imagino um inimigo invisível com quem travo uma eterna guerra, do resultado da qual sairá o destino do mundo. Sonho em ser a única esperança da humanidade, apesar de saber que para a humanidade continuo a existir no modo não-visível.




Sofro por amores nunca vividos e por causas de um imaginário que só eu conheço. Tenho saudades de uma terra natal onde não nasci.

Faltam-me as asas que sempre desejei… Falta-me o conto encantado que sempre desejei ter na minha vida… Falta-me a incrível jornada que me levará para a minha grande aventura… Faltam-me as forças para vencer no mundo real.

Mas na próxima alvorada será diferente!

Texto: Jorge Amorim
Foto: Jorge Correia

Situação muito familiar

por Jorge, em 29.07.05
Aproxima-se um fim de semana de muito trabalho, acreditem que ando preguiçoso (nota-se pala quantidade de planos que elaboro para não pensar no que está por fazer).

Noutras alturas em que estive em situações semelhantes pensei "Da próxima vez vou fazer as coisas gradualmente e não tornarei a deixar acumular trabalho por fazer". Acho que ainda não me disciplinei o suficiente mas olhem que estou melhor. :)

Seja como for, a única coisa que me resta é trabalhar (e de preferência com um sorriso na cara).

Jorge

Chuva de Verão

por Jorge, em 27.07.05
(Tip tap tip tap tip tap tip tap)

As gotas de água lançaram-se contra a minha janela, sorri.

(já não era sem tempo!).

A vontade que tive foi passear lentamente à chuva e entregar-me a pensamentos introspectivos (ao som de Tindersticks, por exemplo, já que a vida com banda sonora é bem diferente).

Não fui para a rua por motivos académicos… este ano tramei-me com os trabalhos pendentes, as férias ficam muito mais reduzidas. A maior satisfação é que estou a desenvolver um estudo numa área que gosto (claro que também me agrada entrar no mercado de trabalho já em Outubro) …



Voltemos à chuva de verão que é algo mais mágico e envolvente. Quem diria que um dia eu ia ficar contente por chover no Verão? E digo mais, acho que uma noite como esta pode ser muito romântica, permitindo demonstrar o Amor na sua forma mais sublime à pessoa que amamos incondicionalmente. Infelizmente, por hoje guardarei esse meu romantismo na gaveta pois tenho que regressar, com alguma nostalgia, aos meus estudos.

(Obviamente que todos aqueles que puderem dedicar-se ao romantismo, façam-no… Não se prendam por minha causa) :)


Texto: Jorge Amorim
Imagem: Frank Miller

Tempo de Reflexão

por Jorge, em 26.07.05
A vida tem destes momentos em que é preciso parar para pensar. O que me parece difícil (e ainda bem!) é afastar este processo temporalmente.




Todos os instantes são bons para esta actividade. Um dos benefícios que lhe costumo associar é percebermos para onde a nossa vida se está a dirigir, pois nesses momentos afastamos tudo o que é supérfluo e concentramo-nos na essência das questões.

Se este post se tratasse de uma receita (ou de uma sugestão) seria essencial acrescentar: Nunca se canse de pensar, abandone o mito de que pensar torna as pessoas infelizes. Pensar acelera a evolução individual.

Jorge

Um olhar pela vida antes do adeus

por Jorge, em 23.07.05
“Adeus que me vou embora
Adeus que me vou embora
Vou daqui prá minha terra
Que eu desta terra não sou

Tenho minha mãe à espera
Cansada de me esperar
Naquela encosta da serra
Vamos ser dois a chorar

À espera tenho meu pai
Aos anos que o não vejo
O tempo que vai durar
O meu abraço e o meu beijo

Vim solteiro e vou solteiro
Vou livre de coração
Se alguém me quiser prender
Já não vou dizer que não

Adeus que me vou embora
Adeus que me vou embora”

António Variações in "Humanos"

Recentemente fui visitar um amigo meu e ele contou-me algo que me emocionou profundamente, talvez se a contar aqui não tenha o mesmo impacto, mesmo assim quero correr esse risco.

Ele tem 76 anos e em algumas das nossas conversas ele fala que sente a morte próxima, devido à sua fé religiosa não vê a morte como algo mau mas como um início de uma existência diferente. Costuma acrescentar com um sorriso “Quando eu morrer não fiques triste, Jorge! Vais ver que nos voltamos a encontrar noutra altura e noutro sítio”.

Quando alguém me fala da morte, acho sempre que pode ser uma forma de reflexão sobre a vida. E pedi-lhe para ele me falar um pouco das suas vivências, algo que gosto muito de ouvir das pessoas, principalmente quando já viveram mais do triplo da minha idade.

A resposta dele foi “O que me marcou mais na vida foi a morte dos meus pais. Já era adulto, mas senti-me tão sozinho no mundo no dia em que percebi que já não podia estar com eles fisicamente.”, com o sorriso simpático dele ainda me disse “O único consolo é que sei que um dia estarei com eles de novo!”.

Estivemos a falar mais um pouco e depois comentei que tinha que me ir embora pois tinha combinado ir jantar a casa dos meus avós. “Vai lá então. Sabes uma coisa agora que tenho idade para ser avô é que penso muitas vezes que gostava outra vez de ser neto, de estar na quinta dos meus avós e passar férias lá de novo. Ainda que tivesse de ouvir o meu avô a mandar-me estar quieto”. Despedi-me dele com um abraço e fiquei de voltar em breve para continuarmos a conversa.

Fui para casa absorvido nos meus pensamentos e pensei como verei a minha vida se chegar a uma idade avançada. Como será olhar para trás? E já que não partilho a mesma fé religiosa do meu amigo, como vão ser as despedidas daqueles que amo? Já me despedi definitivamente de algumas pessoas e se agora tenho saudades, imagino daqui a algumas décadas. Suponho que faz sentido, mesmo que um pouco doloroso, umas pessoas deixam de fazer parte da nossa existência e passam a estar outras (e que alegria é por aquelas que entram nas nossas vidas).

Um dia despedir-me-ei de todos e apesar de não acreditar que nos vamos voltar a encontrar também não quero que fiquem tristes, pensem que vou estar em paz e que outras novas pessoas virão (relembrem os momentos com mais piada).

Jorge

A espada que estava na pedra

por Jorge, em 22.07.05
Um aprendiz de feiticeiro, cuja bússola era o seu coração, ponderou em fazer uma pausa nos seus estudos avançados. Queria muito ir ver a espada. E assim o fez.

Aproximou-se dela encantado com a luminosidade e Paz que irradiava. Como um objecto podia ser tão belo?! "Mágico e sagrado, sem dúvida", disse para si mesmo.




“Está presa na pedra”, pensou o rapaz, “É apenas um teste, aquele que for puro de coração poderá tirá-la da pedra sem qualquer dificuldade. O que conseguir será o Rei que vai unir os povos”.

Imaginou-se como um Rei-Feiticeiro adorado e amado por todos, justo e bondoso. Sabia que conseguia tirar a espada… Até ao momento em que duvidou de si mesmo e se recusou a experimentar a sua sorte, fugiu dali para fora o mais depressa que conseguiu.

Atrás do jovem aprendiz de feiticeiro estava um menino mais novo, chamado Artur. Era uma manhã de Inverno e um raio de luz parecia indicar-lhe a Espada, decidiu tentar… O que aconteceu a seguir já sabem, mas fiquei aqui a pensar como teria sido a história se o aprendiz de feiticeiro tivesse puxado a espada…

Texto: Jorge
Imagem: http://www.ajkon.se/tankar/bilder/excalibur.jpg

Jam Session

por Jorge, em 21.07.05
Convido-vos a visitar um blog onde um grupo de amigos se reúne para conversar e
escrever. É um local estranho e bom para visitar a qualquer momento do dia, onde também escrevo (apesar dos mais atentos terem reparado que estou
de férias desse blog, pensem nisso como uma dedicação extra ao Sonhos
Urbanos).

A partir do início de Agosto, dois dos autores do Jam estarão de férias (Hugo
e a CB), nessa altura prometo regressar lá como autor de férias (como me cabe
ser um dos dinamizadores do mês de Agosto, trarei algo diferente do habitual).

Enquanto não regressar lá, podem sempre ir lá e saborear os posts dos outros
autores que valem bem a pena. Deixo aqui o link (para os mais distraídos):

Jam Session (palavras disparadas como balas ao som de Jazz)

Abraço

Jorge

Nota: Relaxem que durante Agosto o Sonhos Urbanos continuará com a sua
actualização.

Relações Amorosas – A Magia Começa

por Jorge, em 19.07.05
“There are only four questions of value in life, Don Octavio. What is sacred? Of what is the spirit made? What is worth living for, and what is worth dying for? The answer to each is the same: only love”

Don Juan, em “Don Juan DeMarco


Uma experiência muito subjectiva é amar alguém, por isso não há regras quando se fala do assunto. Porquê escrever sobre isso então? Apenas porque acho que se não escrever muito sobre isso este blog não transmite quem sou, afinal é indissociável da minha vida. Pelos comentários que recebi é um tema que também mexe convosco.

Quando escrevo "a Magia começa", estou a referir-me ao momento em que nos apaixonamos. Os dias ficam tão diferentes, passamos a ter comportamentos mais estranhos (e no geral, muito belos).

Só me lembro de um período da minha vida em que não estive apaixonado e os meus dias eram bem cinzentos. A paixão pode levar ao Amor mas nem sempre, pode ser apenas uma pequena faísca de interesse.

Não concordo quando algumas pessoas dizem “o Amor começa quando a paixão acaba”, acho que podem coincidir (uma relação que cada vez se torne mais interessante e intenso parece-me um objectivo a atingir).

No entanto, o Amor é mais do que uma faísca de interesse, é algo mais puro e não é centrado em objectivos. Podemos amar sem receber nada em troca e continuarmos a alimentar esse Amor.

Mas como é que isso acontece??? Sei lá! De um dia para o outro queremos estar mais tempo com uma pessoa, conhecê-la e partilhar momentos mágicos com ela. Como se fossemos atingidos por um raio.

E a partir do momento em que amamos alguém queremos que essa pessoa seja o mais feliz possível (o que quer que isto signifique) e fazemos tudo por isso.
Passo a partilhar com vocês algo em acredito, o tempo pode desenvolver muito o Amor entre duas pessoas.

A pergunta que deixo para um próximo post: E a paixão? Poderá essa “faísca” de interesse permanecer ao longo do tempo?

Jorge

Nota: já usei esta citação neste mesmo blog a 30 de Janeiro de 2004, como podem confirmar se visitarem os arquivos

É simplesmente adorável

por Jorge, em 18.07.05
Não adoram quando alguém diz que vos conhece melhor do que vocês mesmos?

E lançam os maiores palpites sobre como devem agir. Lindo!!! :D

Aqui entre nós, que mania é essa?

Jorge

Cavaleiro Andante

por Jorge, em 17.07.05
“O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim
Por aquelas que permitem a maldade”

Einstein





Para uns pode parecer desadequado, ou fora de época, mas esta Era precisa de novos guerreiros. Guerreiros cujo estandarte seja a paz, que combatam a indiferença com honra.

Falo de cada um de nós e não de alguém que o faça por nós. Nunca me canso de o repetir, cada um de nós pode influenciar o mundo. Da mesma forma que a corrupção só se espalhou porque tem muitos adeptos, a honestidade e a fraternidade podem também ser espalhadas.


Peguem nas vossas “Espadas” (sejam elas o objecto que for) e tornem o mundo num lugar melhor (nem que seja passarem a ser uma dádiva na vida das pessoas que gostem, já estão a mudar qualquer coisa).

Se cada pessoa neste país cuidasse com amor (a tempo inteiro) as pessoas de quem gosta, de certeza que a qualidade de vida (de todos nós) já melhorava muito.

Jorge

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