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Sonhos Urbanos

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A Guerra dos Transportes Públicos (2.0)

por Jorge, em 31.01.06
Cada vez é mais perigoso utilizar um transporte público, em todas as partes do mundo se pode confirmar isto.

Antigamente todos nós podíamos com segurança entrar num autocarro, todos podíamos ser esmagados na hora de ponta por multidões, todos aguentávamos estoicamente as velhas chatas que reclamavam por lugares e que diziam palavrões… a lista prolonga-se a encontros com revisores brutamontes e a condutores sem carta de condução, mas havia segurança.

Hoje tudo está mudado, sabe-se lá porquê. Uns falam na camada do ozono, outros falam de implantes de silicone, e, uma minoria fala que os seres humanos estão a estupidificar. O certo é que hoje em dia os transportes públicos são armas letais, basta ver os atentados terroristas (mesmo os terroristas grandes, como os E.U.A. também pensam em utilizar estes recursos) no mundo inteiro: aviões, autocarros, bicicletas de menina (com as rodinhas auxiliares e o cestinho), comboios, barcos e, claro, (em breve, notícia exclusiva deste blog) pequenos póneis inocentes mas explosivos.

O que nos resta?! Bem… a resposta é óbvia e já imagino o nosso país a adquirir uma frota de autocarros para fazer explodir os nossos alvos, agora até começo a perceber porque é que temos o hábito de adquirir aviões obsoletos… para aterrorizar o inimigo (a qualquer momento mandamos uma relíquia do Museu do Ar atingir um simpático hospital de um país próximo, só para mostrar quem dá as cartas).

E para terminar, um exercício de visualização, concentrem-se numa enorme área verde, ou seja o local óptimo para uma guerra mundial (para se poder ver os estragos) onde cada exército está equipado com os melhores transportes do mundo… e a guerra vai começar! UAU!!!!!! Um campo de batalha passa a ser uma auto-estrada.

Jorge
(um post escrito por mim nos tempos do Mundo do Jojo)

Há livros que não esqueço...

por Jorge, em 31.01.06
"Um belo dia apercebi-me com pavor de que me tornara uma pessoa crescida, um paspalhão de trinta e oito anos. A minha infância cessara de gorjear dentro de mim. Já nada me revoltava.

A vida e a jovialidade que dantes corriam nas minhas veias tinham-se sumido. O Senhor previsível que eu era agora desfrutava sem prazer de uma situação já estável, parara de copular e exibia no rosto um ar mortiço.

Refastelava-me sem vergonha na pele de um marido domesticado, indigno do rapazinho buliçoso, imprudente e sonhador que eu fora, aquele a quem toda a gente chamava O Pequeno Selvagem."

Alexandre Jardin, In O Pequeno Selvagem, Difusão Cultural

Jorge

Banda Sonora do Blog

por Jorge, em 30.01.06
Cada vez mais penso que um blog deve ser uma experiência total, em vez de ser apenas um depósito de textos. Ao acordar lembrei-me que podia partilhar algumas faixas de música com os leitores (sem as colocar nesta página, porque não gosto de abrir um blog e estar lá a tocar uma música).

Chegou a altura deste blog ter uma banda sonora oficial, falo do conjunto de peças musicais que me acompanharam na escrita de alguns dos artigos (a partir de agora vou utilizar o termo artigo em vez de post) aqui presentes.

Oscar Peterson – Bye bye blues
Seu Jorge - Starman
Peter Gabriel – The Feeling Begins
Pearl Jam – Given to fly
Loreena McKennitt – The Dark Night of the soul
Demons & Wizards – Fiddler on the Green
Lhasa – El arbol del olivido
Bernardo Sassetti – Sonho dos outros
Donna Maria – Quase Perfeito
Stone Temple Pilots - Atlanta
Ojos de Brujo – Memorias Perdidas
Bobby Womack – Across 110th Street
Moonspell - Lua D’Inverno
The Gift – Dream with someone else’s dream
Pearl Jam - Rearviewmirror
Dazkarieh – Elgtue
Bau – Luz dum estrella
Nirvana – The Man who sold the world
Doors – The End
Weird Al Yankovic – Anakin Guy
Nick Cave – I’ll love you until the end of the world
Dashboard Confessional – Vindicated

Acho que deu para estabelecer uma possível banda sonora para este espaço. Gostava de saber que músicas associam a este espaço, peço que façam as vossas sugestões nos comentários.

Jorge

O Quarto Escuro (2.0)

por Jorge, em 30.01.06
Era uma brincadeira da infância, cheia de inocência; um grupo de miúdos escondiam-se num quarto escuro, alguns momentos mais tarde um miúdo, que permanecera na luz, entrava nesse mesmo quarto para revelar quem lá estava.

Os anos passaram, os miúdos que noutros tempos brincavam ao inocente jogo começaram a interessar-se por outras coisas. Mas tu continuaste a interessar-te por aquele quarto sem luz. As sombras do quarto sibilavam ao teu ouvido as histórias mais ocultas da tua Alma.



A luz começou a ferir-te e as trevas do quarto enegreceram-te a Alma (não encontro outra explicação para o que aconteceu depois, recuso-me a acreditar no que me disseram: que tinhas sido sempre assim).

E os horrores, que fizeste, naquele quarto recuso descrever aqui, revejo-os todos os dias quando estou a andar pelas ruas ou quando o Sol se esconde. Durmo de luz acesa e penso como aquele jogo era tão inocente. Lá não havia sangue nem dor, muito menos mentiras e violência. Onde te inspiraste? Porque não esqueceste o jogo? Havia tanto no mundo para te apaixonar.

Porque escolheste o que te tornaste?


Texto: Jorge
Imagem: Retirada algures da net.

(a primeira versão do texto foi publicada no http://urbandreams.blogs.sapo.pt/)

Pensavas o quê?

por Jorge, em 29.01.06
Um dia as aspirinas acabam e a dor de cabeça vai voltar.

Sempre o soubeste.

Tens sido um rapaz inquieto, com sede de conhecer tudo o que existe e, por vezes andas perdido em sonhos… Ao menos, perdes-te por maravilhas. Podia ser mais grave!



Vês aquilo? Pois é, não podes ficar muito mais tempo a viver como vives.
Está a chegar o dia em que irás abraçar as tuas raízes e terás de correr em direcção ao que te mete mais medo. Está a chegar o dia da tua morte.

Mas hoje é cedo para pensares isso, ainda há aspirinas!

Jorge

Desabafo de Blogger

por Jorge, em 29.01.06
Parece-me que a grande febre dos blogs já passou, pelo menos para mim. É verdade que escrevo numa meia dúzia deles, mas quantos blogs é que acompanho com regularidade? Deixei de ficar encantado com este ou aquele local na blogoesfera, deixei de participar em eventos com outros bloggers, deixei de trocar comentários frequentes com leitores e autores e tenho notado que muitos "companheiros de blog" começaram a abandonar esta área.

Não estou com isto a dizer que vou abandonar esta forma de me expressar, nada disso. Da minha parte, passarei a ceder uns 40 minutos diários para visitar e comentar outros blogs (de preferência que não conheça). Aceito sugestões, quero renovar os links e voltar a apaixonar-me por blogs (e usufruir do melhor que esta experiência pode dar).

Jorge

Match Point

por Jorge, em 27.01.06
Aproveitei o fim de tarde para ir ao cinema, estes dias têm tido o dom de recordar as intermináveis férias de Verão dos tempos de aulas (mas sem a doçura das mesmas). Lá fui ao Monumental, optei por comprar o bilhete para ir ver o Match Point (atraiu-me por ser realizado pelo Woody Allen e por ter a Scarlet Johansson).



Valeu o preço do bilhete. Woody Allen mostra que sabe contar uma história, aqui centrada num professor de ténis que abandonou as competições. A história é contada a um ritmo lento e intenso, acompanhado por uns toques de tragédia (também reforçados pela banda sonora).

Apetece-me falar sobre a história, só que acho muito mais interessante ser o espectador de um filme a desvendar (a surpresa é fundamental quando se vai saborear um filme). A única coisa que acrescento é que se fosse eu a contar a história alteraria umas pequenas coisas, como explorar mais os laços relacionais das personagens centrais.

Ideia principal deste post: Vejam o filme quando puderem!

Jorge

Projecto alterado

por Jorge, em 25.01.06
Estava a contar em realizar voluntariado para Moçambique, mas parece que já não há lugar para mim. E assim regresso à minha procura activa de emprego.

Jorge

23 Horas

por Jorge, em 25.01.06
Faltava um boletim informativo com credibilidade, por isso foi com alegria que o 23 Horas surgiu na minha vida.

"Com uma tiragem de alguns milhares de carregamentos de página, um email, e uma equipa alargada de profissionais do caderno e do lápis de carvão."

É um projecto de informação, dirigido pelo saudoso Sr. Saco-de-Plástico.
ACTUALIZEM-SE!!!!

Como será que os anjos dormem? (2.0)

por Jorge, em 24.01.06
Penso que enrolam as suas macias asas em torno deles mesmos, para protegerem o seu corpo de origem celestial.

Conheço uma meia dúzia deles mas nunca os vi a dormir... estão sempre bem acordados, sempre prontos a conversarem sobre diversos aspectos do Universo.

Sonhar sei que sonham, porque já falei abertamente disso com eles. Sonham com vidas humanas e que podem sentir como nós. Sonham também com a Cidade Celestial e sonham com o dia em que anjos e demónios poderão passear juntos sem preconceitos.

Muitos acham que este dia ainda vem longe. honestamente, acho que com tantos a sonharem o mesmo algo terá que mudar.

Jorge

(versão original escrita por mim em http://almofada.blogs.sapo.pt/)

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