Em casa muito mais cedo que o habitual e com uma vontade enorme em ficar quieto. Eu no meu recreio de 30 minutos. No leitor de CD's ponho a rodar o "Binaural" dos Pearl Jam, uma coisa do ano 2000 da qual cheguei a ter um póster espetado na parede.
Ambiente ideal para ficar escarrapachado no sofá e deixar-me embalar. Hoje não preciso de mais nada.
Sábado vou ter um almoço com pessoal que joga World of Warcraft (WoW). O lado humano de quem joga um jogo online é extremamente interessante. Sinal que mesmo os jogadores mais "viciados" conseguem colocar o computador de lado para um convivio com pessoas que têm um interesse comum.
Falta publicar mais um conto no "Palavras Contadas" para encerrar a minha colaboração naquele blogue. Obrigar-me a escrever 300 palavras por semana (ao longo de um ano) fez-me produzir textos e ideias que para já ficam na minha base de dados de ideias.
Depois virá a altura de retocar este blog e promover "o outro lado dos comics". A colaboração no "Jam 2" continuará ao ritmo das ideias e sem nunca ter obrigações e prazos. Em termos de publicação online ficarei por aqui, mas vai começar um novo trabalho de bastidores: o (futuro) webcomic.
Lá tenho passeado pelas ruas da capital de Portugal. Do Arco do Cego ao Saldanha, da Penha de França a Alfama e com muitas visitas à Baixa.
Aqui nasci, aqui trabalho e aqui moro. Optei por ficar e saborear a cidade sem ter de me preocupar com horários. Ainda por cima, com uma semana de feriados em que a cidade está mais vazia (até há lugares para estacionar na zona onde moro).
Os encontros com amigos têm sido muito bons, tal como os momentos de solidão (em que me deixo embalar na mais pura vadiagem interna).
Na minha cidade vive um velho corvo que toma conta de nós. Aqui não há demónio, alma penada, monstro do pântano ou gremlin que nos venha chatear. Infelizmente, os seus poderes não nos defendem dos nossos governantes.
Qualquer dia chegamos a um ponto tão caótico que nas campanhas políticas nem se falará de programas eleitorais, apenas se achicalharão uns aos outros... Tudo porque o velho corvo não tem poderes para nos proteger... RAIOS, como é que conseguiu ser um símbolo de uma cidade (juntamente com o seu irmãozinho corvo) para depois deixar isto chegar onde chegou...
.... Depois admiram-se se as pessoas se enervarem e se revoltarem... Mas hoje não que já é tarde, o velho corvo que trate do resto.
- É isto que se resume tudo: ocupar o tempo até ao dia em que morremos? - perguntou-se enquanto olhava o seu reflexo no espelho.
O reflexo não respondeu. Criou uma regra na sua cabeça, ninguém responde às questões realmente imporantes. Se o seu reflexo não lhe respondia, quem mais o poderia fazer?