Correcção: inicialmente foi um resmungar pouco audível, depois evoluiu com a idade.
Aos 10 anos reclamava com professores. Aos 15 com os pais. Aos 17 com o mundo. Aos 20 com colegas. Bla, bla, bla...
Até abrandar e desenvolver crítica construtiva e pensar "o que aprendi com isto?".
Passei então por um período em que comentei apenas boas práticas. e sempre que achava que as coisas tinham corrido muito bem ia dizer isso aos envolvidos. Exemplo, se num restaurante me tivessem servido bem, ia ter com os funcionários e responsáveis e dizia "bom trabalho".
É algo que também gosto de ouvir (parece-me boa medida para agir com os outros) .
Algures pelos meus 25 anos, senti a necessidade nas minhas actividades de ter um retorno completo. Precisava de conhecer o que estava bem e o que podia melhorar. Aprendi com uma excelente chefe que tive "Jorge tudo pode ser dito, pense em como o fazer". Apontar algo "menos bom" com uma sugestão para melhorar, descrever os processos e pensar em como optimizar, e reconhecer todo o mérito e bons resultados (há "palmadinhas nas costas" muito bem merecidas, principalmente quando fazem pessoas irem mais longe).
Longe desta fórmula ser bem aceite, aprendi que há quem não se interesse minimente em receber retorno por bloqueio na ideia de ser exposto algo menos bom. Aproveito o passar do tempo para aprender a comunicar cada vez melhor com pessoas em todas as suas diferenças. Aproveito também para trabalhar a forma como recebo o retorno dos outros e para além de aprender, integrar essa aprendizagem nas minhas acções pessoais e profissionais.
“Nobody can go back and start a new beginning, but anyone can start today and make a new ending.”
Maria Robinson
Um dia acordas cinzento. Entras na tua rotina e deslizas pelo dia como um robot.
Começas com vontade de:
começar algo novo
de simplificar a vida
deixar de adiar as tarefas importantes da vida
estar com pessoas que nos fazem ir mais além
E a partir daqui o que fazes?
Corres atrás de cada estrela cadente;
Investes muito tempo em coisas brilhantes que chamam à atenção;
renergizas as saídas sociais;
procuras viajar para mil sítios diferentes à procura de algo
Pensas em fazer coisas bonitas, raramente metes em prática.
E muitas vezes voltamos ao mesmo sítio.
Este processo deu num resultado diferente do desejado. Mete de parte.
Afinal o que se passa?
Certo é que com o desconforto inicial, estamos a precisar de mudar qualquer coisa.
Toca a experimentar olhar para a vida de forma diferente, sim apenas uma mudança de perspectiva.
Pensarmos no que já alcançamos, no que temos investido, nos trabalhos que temos em mão, de forma diferente do habitual.
É preciso pensar de forma diferente para deixar de repetir erros.
Diz-me a experiência, que algumas pessoas se recusam a experimentar diferentes pontos de vista na sua própria vida. Para mim, um erro para qualquer mudança genuína ou desejo honesto de algo novo. A maioria das pessoas que conheço querem continuar na mesma, desde que estejam confortáveis.
“You think it’ll last forever: people and cars and concrete. But it won’t. One day it’s all gone. Even the sky…” – The 9th Doctor, from “The End of the World”