As luzes apagam-se
(quando fico sozinho sinto-me distante da humanidade)
Olho pela minha janela e vejo um estranho mundo lá fora. Barulhos fortes de pesadas máquinas com rodas, cheiro agressivo das nuvens cinzentas e pessoas apressadas.
(queria um abraço teu, ou que te sentasses comigo a olhar pela mesma janela)
Corro para a cozinha, adiciono um bocado de detergente de louça a um bocado de água, agito a mistura. Da gaveta, retiro uma palha com riscas azuis.
Volto à mesma janela, abro-a e com os acessórios que recolhi faço bolas de sabão.
(podia viajar numa dessas bolas transparentes que se elevam pelo ar sem pensarem duas vezes)
Passadas umas horas, o Sol recolhe-se. Fica a Lua, muitas luzes artificiais dominam a paisagem urbana. Até que a uma determinada hora, estas apagam-se.
(e aqui fico... afastado da humanidade a pensar em como queria um abraço teu)
Jorge