"Nolan é nulo, só fez um filme decente na vida, o Insomnia com Al Pacino e a noite branca do Alaska. Quanto a Batman, só há registo de ter originado dois bons filmes - e ambos foram dirigidos por Tim Burton, há coisa de vinte anos."
Luís Miguel Oliveira, Ípsilon (Público) fonte: http://ipsilon.publico.pt/cinema/filme.aspx?id=306451
Com o passar dos tempos, os críticos de cinema do Público alimentaram uma série de piadas entre os seus leitores. A minha favorita é: "se um crítico do Público deu uma estrela é porque é um bom filme para ir ver ao cinema". Recentemente o comentário do novo filme do Batman levantou uma onda de desagrado na internet, principalmente por revelar pormenores do final do filme e pelos preconceitos revelados. Sem dúvida que é um artigo mais apropriado à revista "Maria" do que ao "Ípsilon".
Pensem o que quiserem, mas por mim já nem para fazer piadas estes críticos servem. Ainda bem que existem bons blogs de cinema, que independentemente de gostarem ou não gostarem do filme, sabem fazer críticas.
Sei que há muitos fãs do Dan Brown e Hollywood também sabe isso. Talvez por isso se opte por fazer um filme apenas razoável porque já se sabe que vai ter sucesso.
Já li o livro e, como em qualquer outra adaptação, já esperava ajustes para funcionar na tela de cinema. Não esperava era algo tão "sem sal" (tem logo um iníciozinho apagado). O livro está longe de ser perfeito mas poderia ter sido passado para cinema de uma forma mais simpática.
O que notei:
- Fraco desenvolvimento de personagens (ou pelo menos, por questões de tempo, davam mais densidade à personagem principal);
- Falta criar bons momentos de suspense (afinal é o tipo de filme para isso, não para meter cenas de encher chouriços; banda sonora+pseudo-acção + tiros não é a mesma coisa);
- O fio condutor da narrativa é estranho (ao menos podiam ter optado por uma estrutura como o livro, em que se tenta que o leitor tenha vontade de saber o que se passa);
- Desperdício de um actor como o Tom Hanks;
Para mim fica classificado como um filme de domingo à tarde, vê-se mas não se quer rever.
Só agora é que parei para ver o filme que tem deliciado uma série de pessoas. Gostei. O concurso é apenas acessório e passamos a assistir a uma jornada de sobrevivência, de sorte, de persistência e de amor.
"Eu não minto. Fazem-me uma pergunta e eu respondo."